O fim trágico do churrasco que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceria ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, virou motivo de piada entre os tradicionalistas do Acampamento Farroupilha.
Na opinião de assadores gaudérios, o estouro da churrasqueira com vidro temperado utilizada pelo Palácio da Alvorada, na noite de domingo, é mais uma prova de que não adianta inventar na hora de preparar o principal símbolo gastronômico gaúcho.
Todos concordam que, se Lula seguisse a tradição, seria poupado do fiasco de ter de servir moqueca capixaba com feijão tropeiro para substituir a carne cravada de cacos de vidro após o incidente.
– Isso só podia ser churrasco de paulista. Se botassem uma churrasqueira dessas aqui, iriam dar risada, é óbvio que o vidro iria estourar. Tem certas coisas que não adianta querer modernizar – diz o funcionário público Jerônimo Santos Silva, 48 anos, integrante do CTG Chimangos.
Entre os tradicionalistas, o acidente com o utensílio modernoso, que levou Sarkozy a lamentar publicamente a ausência do churrasco no jantar, só reforça a importância de valorizar as raízes.
– É a mesma coisa que CD pirata. Eles tentam copiar, mas não dá certo – diverte-se o tradicionalista André Luís Schirma, 18 anos.
Enquanto uns criticam a invenção, o construtor Jorge Pimentel, do CTG Tiarayú, sugere uma “investigação” para apurar o que considera uma conduta “para lá de suspeita”.
– Isso só podia acontecer em Brasília: essa churrasqueira de vidro é uma fraude! – brinca.
Da próxima vez, o conselho é que Lula visite o Acampamento Farroupilha caso queira aprender a fazer um bom churrasco.
– Ou, se o Lula quiser, eu faço um churrasco pra ele de graça, é só me dar as passagens – oferece-se Pimentel.
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